





BAILE DOS ARTISTAS
Por Horácio Barros.
Falar do Baile dos Artistas é um imenso prazer, até porque esta edição tinha a cara da Antena Mix, divertido e colorido. Em alguns momentos me vi na terça feira de Carnaval no Scala Rio no Grade Baile Gay que encerra o Carnaval carioca. Como era de se esperar a maior parte do público era da “tchurma”, palhaços, diabos e diabas, pierrôs sem colombinas, legionários romanos, muitos egípcios, deuses e deusas orientais e muita fantasia irreverente, e muito, mas muito mesmo, trasns
ex e travestis em suas fantasias esplendorosas vivendo os seus 15 minutos de fama. Por falar nas poderosas, o dia 29 de janeiro foi comemorado o dia Mundial do Transex, de luta contra o preconceito e a intolerância, contra essa parte da população. Como sempre a festa começa com o desfile para a escolha do Garoto e Garota do Baile. Oito belos rapazes e oito lindas garotas chegaram a finalistas, sagrando-se vencedores, Alcir Lima (também recebeu o título de Mister Pernambuco) e Isabelle Sampaio (ela foi convidada para representar Fernando de Noronha no Miss Brasil). Acho que o grande público concordou com a escolha do Júri. No compasso do frevo veio o desf
ile de fantasias com dez concorrentes, à escolha era para a fantasia mais criativa, e o que se viu com raríssimas exceções foram fantasias de gosto duvidosas, alguma até ridicularizando religiões. Venceu o que foi realmente criativa Gina Purpurina com “Em estado de Avatar” e em segundo o “Menino de Ouro, se derreter dá o Anel”, de Walter Oliveira. Gostei também da homenagem ao grande Salvador Dalí, o restante, Oh! may God é de fazer chorar, de raiva, falta tudo e a criatividade passou longe mesmo. Ufa! Enfim começa o baile, ia esquecendo tem que desmontar a passarela (quando será que alguém vai ter uma idéia genial para acabar com isso? Conheço um monte de gente que sabe como). Bom
agora começa, é lá vem frevo, Claudionor Germano, maestro Forró e o povão se anima e vai pró salão. Esse ano o público foi poderoso, apesar do preço da entrada, ouvi muitas reclamações a respeito. Dizem as más línguas que foi para pagar o cachê da Marrom, convidada do Baile, e por falar em Alcione, lá pelas duas, para o frevo e começa o “big moment” do baile. Num pretinho com capa de gaze em arco íris surge a Marrom, pois não é que deu uma “esfriada” na festa, parou tudo, tinha gente dançando “chek to chek” ao som de Gostoso Ve
neno, nada contra, muito pelo contrário, sou tiete de Alcione, mas o que foi o momento, muita gente falando (na linguagem popular das ruas – morgou). Não sei se alguém se tocou ou já estava programado, ela entrou com marchinhas carnavalescas e etc e tal e aí nem tanto e nem tampouco, o povo foi se animando e a pressão foi subindo novamente. Nos camarotes os de sempre, políticos (olha a eleição gente!!!) empresários, alguns colunáveis outros nem tanto, mas es
tavam lá, emergentes, submergentes, “bibonas” com seus gatões, e “otras cositas más”. Vi meu querido Jomar Muniz panfletando seu Sarau Filosófico, na Cultura dia 04, no Bloco do Nada, e revi grande amigos que encontro a cada ano no carnaval. Agora segurança de terno preto, tinha aos montes, acho que tinha segurança para fazer segurança do segurança, como também, pessoas com crachá de Produção, nossa, deve ter custado uma fábula, porque será que tem tantos produtores? Essa é a pergunta que não quer calar! Nota triste do baile, a presença do pessoal do Pânico, que confunde brincadeiras e perguntas irreverentes com mau gosto e falta de p
auta jornalística. Eu presenciei diversas abordagens o mínimo preconceituoso e indelicado, especialmente com os travestis e transexuais. Espero que a direção do baile não os convide nunca mais, é o tipo de mídia que a população GLBTS não precisa. Outra coisa é horrível ir num bar de um baile que é realizado a trinta e dois anos e ser obrigado a beber a cerveja
e o refrigerante da marca tal que fechou o patrocínio do evento, onde está meu direito de escolha, principalmente para quem paga (fui como convidado), das comidas nem me atrevo a falar, o mais natural era um pedaço de pizza, não existia nada mais leve, e a água estava pela hora da morte. Bom chega senão não vou deixar espaço pró Rufatto escrever, é isso aí estou na grande área se tentar me derrubar é pênalti, ou a senhora vai expulsa, até o próximo baile da vida. Me aguardem...








Nenhum comentário:
Postar um comentário